O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (30), na sede da entidade, no Rio de Janeiro. A ação faz parte da Operação Caixa Preta, que investiga suspeitas de crimes eleitorais no estado de Roraima.
Em nota oficial, a CBF afirmou que Xaud “não é o centro das apurações” e que nenhum item foi apreendido pelos agentes durante a diligência, que durou cerca de 30 minutos, entre 6h24 e 6h52. A confederação também reforçou que a investigação “não tem qualquer relação com a CBF ou com o futebol brasileiro”.

A Polícia Federal informou que foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Roraima e no Rio de Janeiro, além da determinação de bloqueio de R$ 10 milhões nas contas dos investigados.
O foco principal da operação seria a deputada federal Helena Lima (MDB-RR), de quem Samir Xaud é suplente. A investigação apura suspeitas de compra de votos. O inquérito foi iniciado em 2024, após a prisão do empresário Renildo Lima, marido da deputada, durante as eleições municipais. Ele foi flagrado com R$ 500 mil em espécie, parte do valor escondido na cueca.
A CBF divulgou o seguinte comunicado:
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que recebeu agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 desta quarta-feira, num desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima.
É importante ressaltar que a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações.
A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O Presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.