O Corinthians garantiu sua classificação para a terceira fase da Conmebol Libertadores, mas com muita dificuldade. Apesar da superioridade técnica sobre a Universidad Central, da Venezuela, o Timão precisou de um gol de Yuri Alberto nos minutos finais para vencer por 3 a 2, o que gerou protestos da torcida ao fim da partida.
Ciente da necessidade de evolução, especialmente no setor defensivo, o técnico Ramón Díaz adotou um discurso otimista após a vitória suada sobre os venezuelanos.
– É um orgulho como treinador, a torcida tem que estar orgulhosa, todos estamos felizes porque estamos em um bom caminho. Jogamos com cinco pontas, eu gostaria de arriscar, não importa, arrisco para consegui os jogadores. Tem que parabenizar os jogadores pelo que estão conseguindo – declarou.
As palavras do treinador contrastam com a insatisfação expressada pelos torcedores organizados ao final do jogo. No entanto, Ramón minimizou as cobranças e garantiu que a equipe evoluirá defensivamente nos próximos desafios.
No domingo, o Corinthians recebe o Mirassol, em Itaquera, pelas quartas de final do Paulistão. Já no meio da próxima semana, a equipe inicia o confronto contra o Barcelona, em Guayaquil, em busca de uma vaga na fase de grupos da Libertadores.
– Fomos muito dinâmicos, muito verticais, eu gosto, mas temos que fazer a criação, estivemos imprecisos, mas isso é parte do ambiente, da fase, há muitos jogos… Mas aos poucos vamos corrigindo, sabendo como jogar. Faz tempo que não nos fazem gols de bola parada, e hoje tomamos gol de bola parada – afirmou.
– Agora vem outra competição importante para nós, vamos corrigindo. Vocês não podem entrar no vestiário, que lástima, porque é incrível como os jogadores estão contentes. Temos que melhorar, com certeza, principalmente defensivamente – destacou.
Ramón Díaz também desabafou sobre as críticas ao sistema defensivo do Timão.
– Se a torcida quer e a imprensa quer, eu soluciono em 20 segundos defensivamente. Eu me defendo, mas estou em um clube em que da metade do campo para frente temos que arriscar, temos que jogar, temos que atacar, temos características de jogadores como Carrillo. O único jogador mais defensivo é o volante central. Breno é de ataque, Yuri é de ataque, Memphis, Garro… seria fácil para mim sacá-los, mas não é o que sinto, não é o que precisa o Corinthians para crescer – explicou.
– Isso se pode corrigir muito fácil. Mas não é da gente não atacar, não converter gols. Vamos encontrar um equilíbrio sobre quando atacar, quando defender. Isso vamos tratar de corrigir, que a torcida saiba que vamos corrigir. Hoje o Bidu passou 30 vezes ao ataque. O lateral passou 30 vezes… Matheuzinho passou 30 vezes. Para mim seria fácil jogar atrás, mas precisamos arriscar. Vamos corrigir, que a torcida fique tranquila – finalizou.
