Em um duelo entre duas equipes que ainda não haviam vencido no Campeonato Brasileiro, o Santos fez sua melhor apresentação na competição até aqui e superou o Atlético-MG por 2 a 0, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro. Dominante desde o início, o Peixe abriu o placar com Zé Ivaldo e ampliou com Barreal, ambos os gols marcados ainda no primeiro tempo. O Atlético tentou reagir na etapa final, mas não conseguiu assustar os donos da casa. A vitória santista, além de tirar o time da zona de desconforto, foi marcada pela emoção: Neymar, titular pela primeira vez após lesão, deixou o campo chorando ao sentir novamente a coxa esquerda.
O primeiro tempo foi de amplo domínio santista. Com mais intensidade no ataque e segurança defensiva, o time da casa ditou o ritmo e abriu o placar após cobrança de escanteio. Gil subiu e não alcançou, mas a sobra ficou com Zé Ivaldo, que bateu firme no canto esquerdo de Everson. Três minutos depois, Tiquinho Soares iniciou jogada pelo meio, abriu para Gabriel Bontempo na direita, e o meio-campista cruzou na medida para Barreal completar de carrinho no meio da área.
Apesar da vantagem, o momento mais marcante da etapa inicial foi a saída de Neymar. Titular pela primeira vez desde 2 de março, ele deixou o gramado aos 34 minutos, visivelmente emocionado, após voltar a sentir dores na coxa esquerda — a mesma que o afastou por 42 dias. O camisa 10 chorou ainda durante a comemoração do primeiro gol e foi consolado por companheiros e adversários.

No segundo tempo, o Atlético-MG passou a ter mais posse de bola e criou mais oportunidades, mas pecou nas finalizações. Hulk, bem marcado, pouco conseguiu produzir, mesmo com esforço e movimentação. Cuello foi quem mais tentou pelo lado mineiro, mas sem sucesso. O Santos, por sua vez, manteve a intensidade defensiva e explorou bem os contra-ataques, ficando próximo de ampliar o marcador.
Com a vitória, o Santos soma seus primeiros três pontos no Brasileirão e ganha moral para a sequência da temporada. O Atlético-MG, por outro lado, chega ao quarto jogo sem vitória na competição, aumentando a pressão sobre o elenco comandado por Cuca.