A postura de Carlo Ancelotti após o empate em 1 a 1 entre Brasil e Tunísia foi idêntica à demonstrada nas vitórias: fala pausada, poucas expressões e serenidade absoluta. Em Lille, no amistoso que encerrou o calendário da Seleção em 2025, o técnico reconheceu a força defensiva do adversário africano e admitiu as dificuldades criativas da equipe, além de justificar a mudança no cobrador de pênaltis durante a partida.
Estêvão, destaque da Seleção desde a chegada do treinador e artilheiro da era Ancelotti, abriu o placar brasileiro ao converter um pênalti no primeiro tempo, deslocando o goleiro. Na etapa final, Vitor Roque sofreu nova penalidade, mas a responsabilidade da cobrança passou a Lucas Paquetá por determinação do comandante italiano. O meia, porém, acabou desperdiçando.
— Paquetá é o cobrador de pênaltis. Quando chegou o segundo pênalti, eu mudei porque pensei que tiraria um pouco da pressão do Estêvão, e o Paquetá geralmente cobra muito bem — explicou Ancelotti.
O técnico também destacou que a forma como a Tunísia

se organizou defensivamente dificultou o jogo ofensivo do Brasil. Com linhas baixas e compactas, os tunisianos bloquearam os espaços e anularam a velocidade dos atacantes brasileiros.
— Tivemos um jogo muito mais difícil contra a Tunísia. Já sabíamos que eles têm características diferentes, defendem com um bloco muito baixo e, pela característica dos nossos jogadores de frente, é mais complicado abrir esse tipo de defesa. Começamos mal, reagimos aos poucos, poderíamos ter vencido e, no segundo tempo, diante da falta de espaços, fizemos a partida que era possível fazer — avaliou.
Com o empate, a Seleção fecha o ano de 2025 e volta a se reunir apenas em março, para amistosos contra França e Croácia nos Estados Unidos. Desde que assumiu o comando em junho, Ancelotti acumula oito jogos: quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, com 14 gols marcados e cinco sofridos.












