Após algumas lesões, Cade Cunningham se solidifica como uma estrela em Detroit.
Fonte: Brian Sevald / AFP
Cade é um daqueles jogadores que todo fã de basquete gosta de ver jogar. Joga de forma “clean” e coletiva, tem um QI acima da média, pontua de todas as formas possíveis e, além de tudo, é um bom marcador. Algo que pode ser melhorado em seu jogo é o excesso de turnovers, quesito em que ele lidera em toda a liga com 4,7 por jogo. Isso pode ser por conta da inexperiência, visto que o armador perdeu a temporada 22-23 praticamente inteira devido a uma lesão na canela, e a sua maturação acabou sendo postergada por conta disso.
A temporada de Cade em 23-24 foi boa, com médias de 22,7 pontos, 4,3 rebotes e 7,5 assistências, uma pena estar em um dos piores times da história da liga, comandada por Monty Williams em uma campanha de 14 vitórias e 68 derrotas, incluindo o terrível recorde de 28 derrotas seguidas, que poderia ter chegado a 36, se o armador não fizesse uma partida de all-star contra o Toronto Raptors, onde marcou 30 pontos e distribuiu 12 assistências para, por ora, acabar com o terror instaurado em Michigan.
No dia 22 de janeiro de 2024, o Detroit Pistons tinha uma campanha tenebrosa, com 4 vitórias e 38 DERROTAS! Uma das piores da história naquele momento da temporada, e 1 ano depois, após a vitória frente ao Atlanta Hawks por 114 x 104 fora de casa, os comandados de J. B. Bickerstaff está em posição de Play-Offs e sonhando em conseguir o mando de quadra na Conferência Leste, algo que não acontece desde a temporada 2007-08, quando a equipe liderada por Chauncey Billups chegou até as finais de conferência, onde perdeu para o campeão Boston Celtics.
O principal nome de Detroit na temporada 24-25 segue sendo Cade Cunningham, com médias de 24,6 pontos, 6,5 rebotes, 9,4 assistências (3° da liga) e 7 triplos duplos, apenas abaixo de LeBron James (9) e Nikola Jokic (19). O armador entrou pela primeira vez no top-10 da corrida pelo MVP na última semana, e tem tudo para continuar por muito tempo, mas não está fazendo todo o trabalho sozinho. Com as chegadas dos experientes Malik Beasley, Tobias Harris e Tim Hardaway Jr, além do crescimento ofensivo de Jaden Ivey, que infelizmente se machucou e perderá a temporada, e defensivo de Isiah Stewart e Ausar Thompson, eles se encontram após muito tempo tendo um elenco equilibrado, bom poderio financeiro e de picks para elevar ainda mais o elenco, e um futuro superastro que ama jogar o bom e velho basquete, que alguns mais jovens não estão acostumados, mas que é lindo de se ver.
