O Vasco demitiu o técnico Fábio Carille na noite deste domingo, após a derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, em Uberlândia, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. A decisão foi anunciada pelo presidente Pedrinho durante coletiva de imprensa no Parque do Sabiá e oficializada nas redes sociais do clube.
– Primeiro quero falar que toda responsabilidade é minha, do trabalho que está sendo feito dentro do Vasco. Comunico que aconteceu agora o desligamento do Carille. Para deixar muito claro que, quando a gente faz uma demissão, parece que estamos transferindo toda a responsabilidade para o treinador, e essa responsabilidade é minha. Foi o que conversei com o Carille – disse.

Pedrinho destacou ainda que, apesar de considerar o ambiente interno bom e o trabalho de Carille sério e dedicado, entendeu que o momento exigia a mudança:
– Muitas coisas que sempre falei e preguei na TV, sigo tendo como convicções… Mas na hora de aplicá-las, às vezes não é o momento que a gente imagina. Sempre acreditei muito na questão do jogo. Aqui dentro, percebemos que as coisas são diferentes e também há questões anímicas que também precisam ser consideradas. Ambiente interno estava muito bom com os atletas, Carille é um cara muito especial, a comissão técnica. É um trabalho muito sério e duro. Por todo um contexto, infelizmente, todo mundo fala que sempre sobra para o treinador. É uma verdade, mas essa responsabilidade é minha – prosseguiu Pedrinho.
– Acho que todos nós que estamos trabalhando aqui com futebol, atletas, comissão, departamento esportivo, somos responsáveis. Colocamos uma sobrecarga no treinador como se tudo fosse culpa dele. Não é fácil, mas às vezes é necessário. Quero deixar claro que a responsabilidade é minha e agradecer muito pelo trabalho dele e de toda a comissão nesse período em que esteve com a gente. Agradecer mesmo, de coração. Foi um desligamento muito duro pra mim, pessoalmente, que tenho uma questão humana muito grande. Sei que existe uma resistência muito grande de algumas pessoas na questão humana, se tratando de alguns cargos. Principalmente o meu, como presidente.

A diretoria avaliava que o desempenho do time estava abaixo do esperado. O primeiro sinal de desgaste surgiu nas semifinais do Campeonato Carioca, contra o Flamengo. As atuações contra Melgar, Corinthians e Ceará agravaram a insatisfação. A terceira derrota consecutiva fora de casa foi o estopim para a demissão.
Fábio Carille comandou o Vasco em 21 jogos, com nove vitórias, cinco empates e sete derrotas, somando um aproveitamento de 50,7%.