O Vasco chegou para o primeiro jogo da semifinal carregando uma sequência pesada de derrotas no Brasileirão. O clima era de desconfiança — muita gente achava que o time sentiria a pressão, que o momento ruim pesaria e que o Fluminense aproveitaria para largar na frente. Mas quando o assunto é Copa do Brasil, o espírito é outro. O Vasco vira a chave, muda a postura, cresce em intensidade. E foi exatamente esse Vasco que entrou em campo no Maracanã: um time competitivo, concentrado e que não desistiu em nenhum minuto.
O Fluminense abriu o placar ainda no primeiro tempo com Kevin Serna, em jogada trabalhada pela esquerda. O gol fez o Tricolor ganhar confiança e controlar a posse até o intervalo, deixando a torcida vascaína apreensiva. Mas quem conhece o Vasco sabe: na Copa do Brasil, esse time tem uma energia diferente.
Na volta para o segundo tempo, o Cruzmaltino ressurgiu. Logo aos 5 minutos, Rayan, sempre decisivo e cada vez mais protagonista, aproveitou a chance na área e bateu firme para empatar o jogo. O Maracanã mudou de temperatura. Ali o Vasco mostrou que estava vivo, que a semifinal não seria simples para ninguém.
O jogo ficou aberto, tenso, brigado. O Fluminense tentava retomar o controle; o Vasco jogava com coragem, acelerando sempre que tinha espaço. E quando parecia que o duelo terminaria empatado, veio o momento que virou a noite — e a semifinal.

Aos 48 minutos do segundo tempo, Andrés Gómez cruzou com precisão milimétrica. Pablo Vegetti, o “El Toro”, subiu mais alto que todo mundo e cabeceou com força, virando o jogo e explodindo a torcida vascaína no Maracanã. Um gol de raça, de imposição, de quem se recusa a sair derrotado.
Rayan e Vegetti, juntos, foram os heróis dessa virada. Um abriu o caminho, o outro fechou com chave de ouro.
O placar de 2 a 1 dá ao Vasco uma vantagem importantíssima, mas nada definida. É semifinal. É clássico. É jogo grande. O confronto está totalmente em aberto, e o jogo da volta, domingo, promete mais 90 minutos de tensão, intensidade e drama — a cara da Copa do Brasil.
Para o Vasco, a missão agora é simples: manter o espírito da Copa, o espírito que transforma o time. O espírito que fez uma equipe em crise no Brasileirão virar uma semifinal contra um rival direto.
A vantagem é vascaína. A decisão, ainda não.












