A lendária Venus Williams, aos 45 anos, está de volta às competições profissionais ao aceitar convite para disputar o WTA 500 de Washington, nos Estados Unidos, após mais de um ano longe das quadras. O torneio, que oferece 500 pontos no ranking mundial, serve também como preparação para o US Open. Venus estreia nas duplas ainda nesta segunda-feira e volta a jogar na chave de simples na terça-feira, contra a norte-americana Peyton Stearns, atual número 35 do mundo.
— Lembro da primeira vez que joguei aqui em Washington, tinha cerca de 13 anos. Voltar para essa cidade é muito especial para mim, é uma verdadeira história de amor. Acho que minha participação será uma surpresa tanto para os fãs quanto para o público em geral — declarou Venus ao confirmar sua presença no torneio.

Irmã mais velha da também campeã Serena Williams, Venus não competia desde março de 2024, quando disputou o WTA 1000 de Miami, sendo eliminada na estreia pela jovem Diana Shnaider. Apesar do longo período afastada, Venus nunca anunciou sua aposentadoria oficial e vem aceitando convites para participar de torneios esporadicamente. Em 2011, foi diagnosticada com síndrome de Sjögren, uma doença autoimune que provoca dores nas articulações e cansaço extremo, além de ter enfrentado algumas lesões que a afastaram do circuito.
Nesta segunda-feira, Venus estreia no torneio de duplas ao lado da compatriota Hailey Baptiste. A dupla enfrentará a canadense Eugenie Bouchard e a norte-americana Clervie Ngounoue por volta das 14h20 (horário de Brasília). Já na terça-feira, Venus volta à quadra para o confronto de simples contra Peyton Stearns, às 11h. O WTA 500 de Washington será disputado entre os dias 21 e 27 de julho, em quadras duras.
Ao longo da carreira, Venus acumula 49 títulos de simples, incluindo sete Grand Slams — cinco vitórias em Wimbledon (2000, 2001, 2005, 2007 e 2008) e duas no US Open (2000 e 2001). Em fevereiro de 2002, ela atingiu o topo do ranking da WTA, tornando-se a primeira mulher negra a alcançar essa posição na Era Aberta do tênis e a segunda na história, atrás apenas de Althea Gibson, em 1957.