O tricampeão Max Verstappen desembarcou em São Paulo para disputar o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, que será realizado neste domingo (9), no Autódromo de Interlagos. Antes das atividades oficiais na pista, o piloto da Red Bull Racing participou, na quarta-feira (5), de um evento da Honda e da marca de bebidas que patrocina a equipe austríaca e a RB. Também estiveram presentes Yuki Tsunoda, Isack Hadjar e Liam Lawson.
A cerimônia teve caráter de despedida para a montadora japonesa, que deixará de equipar as duas escuderias no fim da temporada e passará a fornecer motores à Aston Martin a partir de 2026.
Durante o encontro, Verstappen relembrou as corridas que mais o marcaram em Interlagos e destacou duas em especial: 2016 e 2024. Na prova do ano passado, o holandês largou apenas na 17ª posição e conquistou uma vitória histórica sob chuva, resultado que o aproximou do tetracampeonato mundial — confirmado na etapa seguinte, em Las Vegas.
— No ano passado, estávamos disputando o campeonato e tudo foi atrasado pelo mau tempo. A classificação aconteceu no mesmo dia da corrida, e tive muito azar com a bandeira vermelha no momento errado. Precisei largar praticamente do fim do grid, lembrou Verstappen.
— Aquele dia foi uma montanha-russa emocional. Passei da frustração à euforia quando consegui vencer. Dentro da equipe, todo mundo estava abatido após a classificação, mas a vitória transformou tudo em pura loucura. Foi, sem dúvida, uma das melhores lembranças da minha carreira.

A classificação de 2024 foi marcada por forte chuva e atrasos, obrigando a realização da sessão na manhã de domingo. Verstappen chegou a ser eliminado no Q2 após ser prejudicado por uma bandeira vermelha causada por Lance Stroll. Mesmo assim, protagonizou uma impressionante corrida de recuperação: subiu para sexto nas primeiras voltas, avançou para segundo durante o safety car virtual e assumiu a liderança após a relargada, superando Esteban Ocon.
— Quando deixei o autódromo, eu estava completamente exausto. Foi um dos dias mais intensos da minha carreira, e fiquei aliviado quando tudo acabou, admitiu o holandês.
O piloto também recordou a corrida de 2016, a primeira dele no Brasil com a Red Bull. Mesmo terminando em terceiro lugar, Verstappen encantou o público com ultrapassagens ousadas na chuva.
— Aquela foi uma prova insana, com muita água na pista e trocas de pneus em momentos errados. Um dia longo e maluco, cheio de bandeiras vermelhas, descreveu.
Entre os presentes no evento da Honda, o francês Isack Hadjar, da RB, vive a expectativa de disputar o GP de São Paulo pela primeira vez na carreira. O calouro de 20 anos ocupa a décima posição no campeonato, com 39 pontos, e já subiu ao pódio no GP da Holanda, em agosto.

Hadjar aproveitou a ocasião para destacar sua admiração por Ayrton Senna, ídolo que o inspirou a seguir no automobilismo.
— Senna foi o cara que me fez me apaixonar pela Fórmula 1. Cresci assistindo ao documentário e às conquistas dele. Interlagos é um circuito icônico, palco de corridas históricas, e poder competir aqui será uma experiência emocionante, declarou o francês.
O GP de São Paulo será disputado neste domingo (9), a partir das 14h (horário de Brasília), prometendo mais uma edição de fortes emoções no tradicional circuito de Interlagos.












