Ter Vinicius Júnior e Kylian Mbappé no mesmo time é o sonho de qualquer técnico no futebol mundial. No entanto, a temporada 2024/2025 mostrou que transformar esse sonho em realidade dentro de campo não é tarefa simples. De acordo com dados publicados pelo jornal espanhol As, nesta segunda-feira (21), a dupla tem enfrentado dificuldades para se conectar durante os jogos.
Em 68 partidas disputadas pelo Real Madrid na temporada, totalizando 6.240 minutos, Vinicius e Mbappé estiveram juntos em campo por 3.439 minutos, o que representa 55% do tempo total. Apesar disso, a interação entre os dois jogadores ainda é baixa: apenas 15% dos 1.315 passes feitos por Vinicius foram direcionados a Mbappé, enquanto o francês devolveu 13% de seus 1.413 passes ao brasileiro.
Esses números se refletem no desempenho individual de Vinicius Júnior. Após conquistar a Bola de Ouro, o atacante viu sua média de gols e participações cair. Antes, ele marcava a cada 129 minutos e participava diretamente de um gol a cada 88 minutos. Agora, esses números aumentaram para 211 minutos por gol e 113 minutos por participação. Por outro lado, Mbappé teve uma evolução no rendimento, encerrando a temporada como artilheiro de La Liga, com 31 gols marcados.
A missão de encontrar um melhor entrosamento entre as duas estrelas agora está nas mãos de Xabi Alonso, que assume o comando do Real Madrid a partir de 4 de agosto. Na tentativa de ajustar a dupla, o treinador já promoveu mudanças ousadas, como a escalação de Vinicius pela ponta direita no confronto contra o Paris Saint-Germain — uma estratégia que durou pouco e não agradou ao brasileiro.
Em análise publicada no jornal As, o jornalista Sérgio López destacou o desafio que o novo comandante terá pela frente:
– Encaixá-los é a grande tarefa de Xabi Alonso. Ele surpreendeu a todos ao escalar Vinicius na ponta direita contra o PSG. Uma experiência que não durou muito. E que não agradou ao jogador. Poucos — se não ninguém — duvidam da qualidade individual de Vinicius e Mbappé . Do talento que possuem individualmente. Mas esse não é o ponto. É como eles podem trabalhar juntos. Ancelotti não conseguiu igualá-los. A partir de 4 de agosto, Xabi Alonso tentará. São dois gênios… que não se dão bem – destaca a crônica do jornalista Sérgio López.
