quarta-feira, 23 de julho De 2025

Yago Dora é vice em J-Bay, assume liderança do ranking e pode ser campeão mundial com uma vitória no Finals da WSL

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O brasileiro Yago Dora ficou com o vice-campeonato na etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, após ser superado pelo japonês Connor O’Leary na final. Apesar da derrota, Yago garantiu vaga antecipada no WSL Finals, que reunirá os cinco melhores do ranking entre os dias 27 de agosto e 4 de setembro, nas Ilhas Fiji, e, de quebra, assumiu a liderança do ranking mundial antes da última etapa da temporada regular.

A próxima parada do Championship Tour (CT) será em Teahupoo, no Taiti, entre 7 e 16 de agosto. E Yago chega à disputa dependendo apenas de si para manter-se no topo da classificação: se alcançar as semifinais, garante-se como líder do ranking para o Finals — e, com isso, estará a uma bateria do título mundial de 2025.

Foto: Kody McGregor/WSL

Até o ano passado, o líder do ranking precisava disputar uma melhor de três baterias contra o vencedor da chave dos colocados entre o 2º e o 5º lugar. Mas, a partir de 2025, a WSL mudou o regulamento: agora, o primeiro colocado da temporada precisa vencer apenas uma bateria contra o finalista vindo da repescagem para conquistar o título.

Além de Yago, o Brazilian Storm ainda tem outro representante no top 5: Ítalo Ferreira, que aparece atualmente na quarta colocação do ranking.

Com a melhor temporada da carreira desde sua estreia na elite do surfe, em 2017, Yago Dora está muito perto de se tornar o quinto brasileiro campeão mundial, juntando-se a Gabriel Medina, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira e Adriano de Souza.

Após o vice em J-Bay, Yago soma 51.430 pontos no ranking. Apenas dois surfistas ainda têm chances matemáticas de ultrapassá-lo: o sul-africano Jordy Smith e o japonês Kanoa Igarashi. Para ficar com a liderança antes do Finals sem depender de ninguém, Yago precisa chegar pelo menos às semifinais no Taiti.

Se for eliminado na repescagem, dois cenários podem tirá-lo do topo:

  • Kanoa Igarashi: precisa ser campeão da etapa e torcer para que Yago perca ainda na repescagem, sem vencer nenhuma bateria.

  • Jordy Smith: no pior cenário para Yago (eliminação precoce), o sul-africano teria que ir pelo menos até as semifinais. Se Yago vencer uma bateria e avançar às oitavas, Jordy só o ultrapassa se for finalista. Qualquer eliminação antes das semifinais impede o sul-africano de ultrapassar o brasileiro.

A conta é simples: uma vitória no Taiti coloca Yago muito perto do título e obriga seus rivais a um desempenho quase perfeito. O retrospecto ajuda: o brasileiro fez três finais nesta temporada e só foi eliminado na estreia em uma etapa — Pipeline, em janeiro.

Por ser goofy footer (surfa com o pé direito à frente), Yago tem certa vantagem em Teahupoo, onde as ondas quebram para a esquerda — o que favorece seu estilo em comparação aos muitos picos da temporada com ondas para a direita.

Carlos Augusto
Carlos Augusto
Sou jornalista, pós-graduado em Gestão da Comunicação Digital e Mídias Sociais, com graduação em Jornalismo e formação técnica em Administração. Minha carreira em Comunicação é marcada pelo desenvolvimento de habilidades em pesquisa, apuração de fatos, controle e elaboração de relatórios, além de criação de conteúdo voltado tanto para comunicação externa quanto interna.Ao longo da minha trajetória, atuei no desenvolvimento de pautas e redação de matérias, criação de conteúdo visual e apoio em campanhas de endomarketing. Nessas funções, minha dedicação à precisão e à responsabilidade na transmissão de informações tem sido uma constante.

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