Com Leclerc em quarto e Hamilton apenas em sétimo, escuderia italiana amarga início de temporada abaixo das expectativas e vira alvo da imprensa europeia
A temporada 2025 da Ferrari na Fórmula 1 está longe de empolgar. No último domingo (6), no GP do Japão, a equipe somou 18 pontos — mais do que nas etapas da Austrália e China somadas —, mas viu a McLaren abrir 76 pontos de vantagem na liderança do campeonato de construtores. Os desempenhos de Charles Leclerc, quarto colocado, e Lewis Hamilton, sétimo, foram considerados insatisfatórios, e a imprensa italiana não poupou críticas à escuderia de Maranello.
O tradicional “Corriere della Sera” atribuiu nota 5 à Ferrari, uma das mais baixas após a etapa de Suzuka. A publicação destacou o domínio de Max Verstappen, vencedor da corrida, e elogiou a performance do jovem Kimi Antonelli, da Mercedes, chamando-o de “novo unicórnio”. Em contrapartida, disparou contra a equipe italiana:
“Ferrari, assim não dá.”
O jornal comparou a necessidade de evolução da equipe a um item essencial:
“Desenvolvimentos e ideias são necessários como pão e manteiga (…). Caso contrário, o conhecido ditado voltará: ‘também este ano se ganhará no ano que vem’.”
Críticas diretas e pessimismo crescente
A Sky Sport Italia, embora tenha dado nota 7 para Leclerc, foi incisiva:
“Ele é o símbolo da mediocridade da Ferrari. Começa em quarto, termina em quarto. Não tem culpa, mas também não tem motivos para comemorar.”
Hamilton recebeu nota 6, mais por consideração à sua história do que por performance:
“É uma nota suficiente por estima. Quem larga com pneus duros não vence. E depois é inexoravelmente deixado para trás por Antonelli…”
Já a Gazzetta dello Sport definiu Leclerc como “o melhor do resto”, mas enfatizou que o SF-25 não chegou nem perto de disputar a liderança, ficando 16 segundos atrás de Verstappen e 14 das McLarens. A publicação ainda citou como ponto alto da Ferrari uma rara ultrapassagem de Hamilton sobre Isack Hadjar, da RB, na volta 6.
“O carro vermelho nunca entrou no duelo da frente. Ainda longe, mas melhorando”, analisou o jornal.
Pilotos frustrados com o carro
O clima interno também reflete a frustração. Leclerc disse que o quarto lugar “doeu”, pois fez uma corrida praticamente perfeita e mesmo assim não teve ritmo para mais. Já Hamilton afirmou ter feito o possível, mas relatou problemas com a parte traseira do carro — ponto que a Ferrari ainda não conseguiu diagnosticar.
Com apenas 35 pontos no Mundial de Construtores e atrás de McLaren (111), Mercedes (75) e RBR (61), a escuderia de Maranello terá a próxima chance de reverter o mau momento no GP do Bahrein, no sábado, 13 de abril, no circuito de Sakhir.
