O mundo ainda se reconstruía após os horrores da Segunda Guerra Mundial quando, em 13 de maio de 1950, um marco histórico foi estabelecido no circuito de Silverstone, na Inglaterra. Naquela tarde, 21 carros alinharam no grid e deram início à primeira corrida oficial da Fórmula 1. Nesta terça-feira (13), a principal categoria do automobilismo mundial completa 75 anos, preservando o espírito competitivo de outrora, embora profundamente transformada em tecnologia, segurança e globalização.
Desde então, o objetivo central da F1 permanece o mesmo: cruzar a linha de chegada em primeiro lugar. No entanto, detalhes da corrida inaugural parecem curiosos — ou até inimagináveis — quando comparados à realidade atual da categoria.
A própria configuração do grid mostra o quanto a Fórmula 1 evoluiu. A equipe Alfa Romeo, por exemplo, disputou a prova com quatro carros — hoje, cada equipe é limitada a dois. A supremacia foi absoluta: a escuderia italiana conquistou os três primeiros lugares e só não fez a quadra porque Juan Manuel Fangio, que mais tarde se tornaria pentacampeão mundial, abandonou a prova devido a problemas mecânicos.

Já o melhor piloto fora da Alfa Romeo foi Yves Giraud-Cabantous, que pilotava um Talbot-Lago. Mesmo com boa performance, ele terminou duas voltas atrás do líder, evidenciando o domínio técnico da equipe italiana naquele momento.
Ao longo dessas sete décadas e meia, a Fórmula 1 se consolidou como símbolo de inovação, prestígio e desafio extremo, mantendo viva a essência da velocidade e da superação iniciada em um mundo que ainda buscava se reerguer.