O ePrix da Cidade do México de 2025 foi marcado por um final emocionante e inesperado. A vitória de Oliver Rowland, da Nissan, foi fruto de uma estratégia ousada de acionamento do modo ataque e de um pouco de sorte com a entrada do safety car, que proporcionou a oportunidade para ele ultrapassar os rivais. A Porsche parecia dominar a prova até aquele momento, mas a manobra inteligente de Rowland fez toda a diferença.
António Félix da Costa e Pascal Wehrlein, que estavam entre os favoritos, completaram o pódio, mas a corrida não foi sem polêmicas. Lucas di Grassi, que terminou em 16º, está entre os pilotos que podem ser punidos por não cumprirem as normas relacionadas ao uso do modo ataque. O brasileiro acionou a potência extra apenas uma vez e não utilizou o tempo total de 8 minutos que é obrigatório. Isso pode resultar em sanções que afetem sua posição final, caso os comissários da corrida decidam aplicar as punições.
Essa situação deixou a corrida ainda mais dramática, com as implicações para a classificação da temporada ainda em aberto. A Fórmula E continua a ser uma competição imprevisível, onde a estratégia e os erros podem fazer toda a diferença.
A sete voltas do fim, bandeira amarela próximo à entrada do Foro Sol, com a Kiro de Beckmann parado próximo à barreira de pneus. Neste momento, Da Costa, Wehrlein e Dennis já não tinham Modo Ataque para acionar, enquanto Rowland, Vergne e Günther estavam com a potência extra, perdendo essa vantagem. O replay mostrou que Beckmann sofreu uma quebra ao bater com Di Grassi, que havia colocado de lado para ultrapassar.
Surpreendentemente, a bandeira verde veio logo. Rowland ainda tinha 90s de modo ataque, e aproveitou para voar pelo grid e assumir a ponta da prova a cinco voltas do fim. Mas a velocidade durou pouco, com o SC sendo acionado novamente antes do fim da volta, com Evans parado na curva 11
A prova foi retomada na volta 33 de 36. Rowland liderava com Da Costa em sua cola. Wehrlein vinha um pouco atrás, com Dennis e Vergne fechando o top 5. Di Grassi era o 19º e, por algum motivo, o brasileiro acionou neste momento seu primeiro modo ataque. Ele não teria tempo para acionar o segundo e cumprir os oito minutos, o que lhe renderia uma punição pesada após o fim da prova.
No final, Oliver Rowland confirmou o golpe de mestre para vencer com António Félix da Costa em segundo e Pascal Wehrlein comepletando o pódio. Fecharam o top 10: Jake Dennis, Jean-Éric Vergne, Max Gunther, Stoffel Vandoorne, Nyck De Vries, Nico Müller e Taylor Barnard. Já Lucas di Grassi foi o 16º, mas deve cair mais com a punição que deve receber por não cumprir os pré-requisitos do modo ataque.
A Fórmula E volta em um mês. Nos dias 14 e 15 de fevereiro, o Mundial de Carros Elétricos retoma as atividades da temporada 2024-25 com a rodada dupla do ePrix de Jeddah, que marca a estreia da pista do GP da Arábia Saudita de F1 no calendário e que marca também a primeira aparição do Pit Boost, a recarga rápida dos carros.
